A
Téspis Cia. de Teatro foi fundada em dezembro de 1993, na cidade de Itajaí, (SC), com o objetivo de estudar o fazer teatral e aplicar tais estudos na montagem de espetáculos.
Para a companhia, o teatro é uma forma de entender (se) (n)o mundo. Realizar trabalhos e discussões que levantem questões acerca do mundo contemporâneo e dialoguem com ele através de obras de arte que reflitam uma forma de ver, agir e pensar; no sentido de contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Apesar da maioria de seus membros possuírem formação acadêmica nas áreas de Letras, Jornalismo, Comércio Exterior e Audiovisual, suas formações na área teatral são autodidatas. Para tanto, participaram de oficinas de formação com diversos profissionais brasileiros, argentinos, uruguaios, italianos e dinamarqueses.
A partir de 1997 passaram a participar de vários seminários ministrados pela
Periplo Compañia Teatral (Buenos Aires - Argentina), tendo inclusive realizado um estágio de três meses no
El Astrolábio Teatro (seu centro de trabalho), que culminou na montagem do espetáculo “
Bodas... (um ato cotidiano)”.
Além desse trabalho, que teve dramaturgia construída durante o processo, conta também em sua bagagem com os seguintes espetáculos montados para o público adulto:
Quarto de Despejo - o diário de uma favelada (a partir do livro de
Carolina Maria de Jesus),
Medéia (adaptação da tragédia de
Eurípedes),
A Ingênua (adaptação do texto “
El Despojamiento” de
Griselda Gambaro),
Pequeno Inventário de Impropriedades e
Meteoros (de
Max Reinert) e
Esse Corpo Meu? (dramaturgia colaborativa criada durante o processo, com inserções de textos de
Max Reinert).
Desde sua fundação, a companhia sempre trabalhou com adaptações e/ou adequações de textos clássicos para suas necessidades. A partir de 2009, decidiu trabalhar com a criação de dramaturgia própria, apostando na criação de um trabalho autoral que privilegie a construção de uma identidade singular. Para tanto, o diretor artístico da Companhia,
Max Reinert, frequentou durante 04 anos, o
Núcleo de Dramaturgia Sesi - Teatro Guaíra, em Curitiba, sob a coordenação de
Roberto Alvim, e desde então passou a assinar a dramaturgia dos espetáculos criados pela Téspis.
A Téspis também possui, desde sua fundação, uma pesquisa sobre teatro de formas animadas, que utiliza nas montagens de seus espetáculos para crianças; tendo montado até o presente momento:
Menino Navegador (adaptação do texto “
A Viagem de um Barquinho” de
Illo Krugli),
O Contador de Histórias (a partir de textos de
Memélia de Carvalho,
Ruth Rocha, entre outros),
Um Circo Cheio de Lua (
Memélia de Carvalho),
Histórias de um Rei Tirano (a partir do texto “
Sapo Vira Rei Vira Sapo” de
Ruth Rocha),
O Pequeno Planeta Perdido (a partir do texto homônimo de
Ziraldo),
Era Uma Vez... Eram Duas... Eram Três (remontagem de “
O Contador de Histórias”),
A História do Homem que se Transformou em Cachorro (adaptação do texto “
Histórias Para Serem Contadas” do argentino
Osvaldo Dragun),
Lili reinventa Quintana (a partir do livro “
Lili Inventa o Mundo” de
Mario Quintana) e
Um, Dois, Três: Alice! (a partir de “
Alice no País das Maravilhas” de
Lewis Carroll).
Nesses anos de trajetória a Téspis montou espetáculos, realizou uma série de trabalhos institucionais e dirigiu produções para outros grupos teatrais e musicais. Com estes espetáculos, além de temporadas e circuitos, a Téspis participou de vários festivais nacionais e internacionais no Brasil e exterior, levando seus espetáculos a teatros, escolas, centros comunitários e outros espaços.
Já se apresentou em
Portugal,
Venezuela,
Chile,
Paraguai e
Argentina, conquistando mais de quarenta prêmios dentre outras inúmeras indicações.
A Téspis desenvolve ainda um trabalho de formação de atores, ministrando oficinas para crianças, jovens e adultos. Em Itajaí, mantém um curso de teatro permanente há mais de 15 anos, por onde já passaram mais de três mil alunos. Destes cursos nasceu a
Cia. de Atores Mirins, que trabalhou com a produção teatral durante 05 anos na cidade de Itajaí, tendo montado inclusive “
Esperando Godot” de
Samuel Beckett. No momento, a Téspis orienta o
GET - Grupo de Estudos Teatrais, que é um projeto de formação aprofundada para jovens, em parceria com a
Fundação Cultural de Itajaí, que teve como resultado a montagem do espetáculo
Sobre o Tempo, cumprindo temporada na
Casa da Cultura Dide Brandão.
Além da parceria com a
Fundação Cultural de Itajaí através de convênios e editais, a Téspis tem recebido patrocínio (via lei de fomento) da
Brasfrigo S.A., nos último dois anos, e já foi premiada inúmeras vezes com editais como
Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura (2009 e 2013);
Edital Myriam Muniz, concedido pela
Funarte (2006 e 2007),
Edital Iberescena – fundo intergovernamental de apoio à dança, teatro e circo (2012), entre outros.
A
Téspis Cia. de Teatro recebeu patrocínio da
Petrobrás nos anos de 2001 e 2002 para a realização do projeto
Mostra Itajaiense de Teatro e
Mostra Internacional de Teatro de Grupo e realizou também um projeto, através da contratação da unidade de negócios de Itajaí no ano de 2001, que consistia na montagem e apresentação em diversas escolas da região (Itajaí, São Francisco do Sul e São Pedro Alcântara), de uma peça de teatro de bonecos, que abordava a questão dos “Oleodutos”. Para 2015 foi selecionada no
Edital Petrobras Socioambiental - Comunidades com o projeto
Reciclando com Arte, com o qual irá realizar 84 apresentações teatrais e oficinas de formação na cidade de Itajaí.
Hoje, a companhia mantém seu repertório apresentando os espetáculos
Pequeno Inventário de Impropriedades,
Meteoros,
Um, Dois, Três: Alice! e
Esse Corpo Meu?, além de ministrar oficinas de formação e trabalhar em parceria, na direção e orientação de trabalhos para outros grupos.